Se eu fosse Arabella

a hashtag oficial do blog

Desde que eu nasci que o meu sexo tem sido o argumento que todas as pessoas usam à minha volta para me dizerem como me devo comportar. Por ser menina não deveria jogar à bola ou brincar com rapazes, não deveria dizer asneiras, levantar a voz. Isso obrigava-me a aprender a cozinhar e a costurar, a não ter muitos amigos rapazes para não ser confundida com uma vagabunda e ir à missa. Infelizmente para a minha avó eu nunca quis seguir os padrões que ela e a sociedade julgavam ser os mais adequados, desde muito nova que disse para mim mesma que aquilo que os outros dizem de mim não muda quem eu realmente sou mas a verdade é que ainda não ganhei a batalha.


Também eu já deixei de fazer muitas coisas com medo do julgamento dos outros e acabo por ficar a julgar me por não ter feito o que realmente queria fazer. Pensem um pouquinho comigo: quem é que deu o puder à sociedade de julgar as atitudes de pessoas que nem conhecem? Sem saberem o que realmente aconteceu? Porquê que o meu vizinho iria achar que eu não tenho respeito por mim própria só porque me vê sair depois do jantar e voltar quando o sol está para nascer?  Será assim tão errado fazer algo que me deixa feliz sem ter de pensar no que os outros irão dizer?

Eu acho que não tem nada de errado, por isso tenho me desafiado a olhar mais para o que eu faço e menos para o que os outros vão dizer disso. Foi por isso que decidi desafiar me a mim mesma e a vocês a usarem a hashtag #SeEuFosseArabella para partilharem nas redes sociais as coisas que vocês fazem por vocês mesmas, para fazerem com que o vosso dia seja bom.

Amor, Arabella.

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